4'33'' (4 minutos e 33 segundos) de “silêncio”, como forma de homenagear os que sucumbiram na batalha contra o vírus, mas também todos os que têm contribuído para que tantas vezes o vírus tenha saído derrotado e para que possamos acreditar que esta pode ser uma guerra com um final à vista. No entanto, tal como a peça original de John Cage, a reportagem fotográfica de Lara Jacinto não consegue atingir o silêncio absoluto, remetendo-nos, constantemente, para gemidos de dor, gritos de desespero, murmúrios de angústia e impotência, suspiros de cansaço, que se misturam e ecoam nestes espaços onde lutam cumplicemente, por minutos de vida, doentes e profissionais de saúde. Devem ser também 4'33'' de silenciosa reflexão, que desperte em cada um de nós o sentido de responsabilidade e dever cívico de continuar a seguir todas as recomendações de segurança, por respeito, consideração e admiração pelo esforço e risco que profissionais de saúde correm, de forma discreta, para nos proteger e salvar. As palavras já são demasiadas e tantas vezes vãs, já não se conseguem ouvir no meio do enorme ruído que se foi criando em torno da doença. Estamos indiferentes e impenetráveis à cacofonia de discursos erráticos e repetidos. Resta-nos, acredito, o poder da voz silenciosa de uma imagem.
Henrique Girão
No lugar das palavras, nesta edição da 4’33’’ são as imagens que,
em silêncio, falam por si.
Uma reportagem fotográfica de Lara Jacinto no Centro Hospitalar
e Universitário de Coimbra.
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O Professor Jubilado da FMUC e antigo diretor do Serviço de Urologia e Transplantação Renal do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra recorda momentos da sua vida, que unem a Medicina ao futebol, à leitura, ao teatro e à música.
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Investigação fez análise retrospetiva de todos os doentes oncológicos em idade adulta que faleceram em hospitais públicos de Portugal Continental entre janeiro de 2010 e dezembro de 2015. Os resultados demonstraram uma elevada prevalência de agressividade terapêutica em fim de vida para estes doentes.
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Estudo dirigido aos alunos do Mestrado Integrado em Medicina da FMUC tentou perceber as razões dos seus elevados níveis de perfeccionsmo e intolerância à frustração, de acordo com a sua perspetiva e perceção de fatores de influência. Este estudo pretendeu também sugerir a implementação, por parte da FMUC, de medidas preventivas das consequências ligadas ao stress dos seus estudantes, servindo de exemplo para as outras Escolas Médicas do País.
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Trabalho avaliou eficácia de soluções de irrigação quanto à profundidade de penetração de cimentos biocerâmicos, utilizados em tratamentos endodônticos. Os resultados sugerem que o protocolo final de irrigação constitui uma variável que influencia a capacidade de selagem destes cimentos, bem como a sua taxa de sucesso.
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Estudo avaliou capacidade de reorganização do cérebro na fase inicial da doença de Parkinson, através da combinação de métodos funcionais e moleculares de imagem que permitem analisar movimentos oculares. Os dados obtidos revelaram um mecanismo de plasticidade a nível funcional e molecular, demonstrando que o cérebro tem reservas de compensação, mesmo em condições adversas.
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Gil Correia
O aluno de doutoramento da FMUC explica
como a vontade de aprender tem marcado o seu percurso.
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