Conseguimos, finalmente, desfrutar de alguma liberdade e retomar algumas das nossas rotinas, que tanta falta nos fizeram. As portas abrem-se, as ruas voltam a ser freneticamente pisadas por transeuntes desejosos de chegar a um destino há tanto ansiado. O cinema e o teatro trazem de novo a representação de vidas já esquecidas, enquanto o café volta a ser saboreado, sofregamente, até à última borra. As esplanadas são novamente o local de encontro para matar as saudades acumuladas depois de longos meses de isolamento e solidão. Nas paredes das salas de aula voltam a ecoar as vozes de estudantes e professores há tanto amordaçadas por um vírus que teima em não dar tréguas. Este é um prémio merecido pelos sacrifícios por que passámos nos últimos tempos e que nos privaram de muito daquilo que é nossa condição humana. É um momento particularmente importante para os jovens, aos quais lhes têm sido roubadas fases determinantes para o seu crescimento, maturidade e felicidade, que implicam descoberta, aventura e partilha. Voltámos a dar valor à liberdade, até há pouco de tal forma entranhada nas nossas vidas quotidianas que a considerávamos, felizmente, um bem natural e adquirido.
Henrique Girão
O presidente do Conselho Nacional dos Centros Académicos Clínicos aborda o que esteve na origem da criação destas estruturas e elenca os desafios que têm sido colocados ao seu desejável e eficaz funcionamento.
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De Ovar a Santa Fé, na Argentina – sem esquecer Coimbra – o antigo diretor do Serviço de Neurologia do CHUC e docente da FMUC recorda momentos da sua vida e fala das paixões que o movem.
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Investigação avaliou se a procalcitonina (PCT) pode ser utilizada como um parâmetro alternativo aos atualmente usados (proteína C reativa e leucócitos), para deteção precoce de corioamnionite, uma infeção intra-amniótica, nos casos de grávidas com rotura de membranas antes do termo. Os resultados, obtidos através de uma pesquisa eletrónica em bases de dados internacionais e análise de todos os artigos publicados respeitantes ao uso destes parâmetros, indiciam que a utilização da PCT não traz benefícios em relação à proteína C reativa no diagnóstico desta infeção.
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Estudo descreve a utilização de um modelo animal de exposição pré-natal a mediadores de stress e a stress crónico na idade adulta para avaliar distúrbios de ansiedade. Os testes de comportamento aplicados revelaram que a exposição pré-natal a stress está associada a um fenótipo de ansiedade crónica e que a reexposição na idade adulta melhora o desempenho dos animais neste tipo de testes. Verificou-se ainda que estas alterações são diferentes em machos e fêmeas, o que demonstra que as consequências da exposição ao stress pré-natal dependem do sexo.
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Luís Cardoso
O aluno do Programa de Doutoramento em Ciências da Saúde da FMUC
descreve o ponto de viragem na sua vida, que permitiu que passasse
a ver o mundo com os olhos de um investigador.
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