Isto é FMUC
Localizado na Unidade Central do Polo III – Polo das Ciências da Saúde, o Gabinete de Apoio Audiovisual e Informático (GAVI) da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) “presta apoio aos utilizadores – docentes, investigadores, funcionários e alunos – nas áreas das tecnologias da informação”. A explicação é dada por Diná Trindade, responsável por este gabinete, que conta ainda com a colaboração permanente de Miguel Santos.
As funções do gabinete
O GAVI tem como principais funções a gestão e a manutenção da rede, dos sistemas e dos equipamentos informáticos da FMUC. “Na prática, temos o nosso serviço de helpdesk, para o qual as pessoas podem enviar um e-mail a solicitar a nossa colaboração na resolução de alguma questão ou de algum problema, e depois temos outras áreas de intervenção, como é o caso das redes informáticas e do apoio às aulas ou a eventos”, indica Diná Trindade.
Quanto à distinção de tarefas entre os principais elementos do GAVI, ambos esclarecem que tal não existe. Embora Miguel Santos esteja mais dedicado à área das redes, acabam os dois por desempenhar as mesmas atividades. “Até porque, quando um de nós não está cá, o outro tem de fazer tudo”, esclarece Miguel Santos.
O GAVI conta ainda com mais dois colaboradores, embora de forma esporádica, tal como faz saber Miguel Santos: “um dos colaboradores faz parte da FMUC e desempenha funções que visam assegurar o adequado e normal funcionamento das Provas Académicas de Mestrado e de Doutoramento e, até ao passado mês de agosto, contávamos também com outro elemento externo, que estava responsável por alguns dos nossos servidores, mas ainda não sabemos se continuaremos a contar com esta colaboração num futuro próximo”.
A assistência remota
Como consequência da pandemia, a generalidade dos serviços prestados pelo GAVI é hoje realizada de forma remota. “Deixámos de ter atendimento presencial e de ir aos gabinetes. De preferência, tentamos fazer tudo aquilo que é necessário remotamente”, afirma Diná Trindade.
Assim, e como complementa Miguel Santos, a componente remota foi reforçada, em detrimento da assistência presencial. O que, no seu entender, é algo positivo, ainda que, inicialmente, tenha havido um necessário período de adaptação por parte de toda a comunidade FMUC a estas novas dinâmicas de trabalho.
“Com uma assistência remota, conseguimos ser mais rápidos e fazer mais assistências num curto espaço de tempo, até porque deixámos de perder tempo em deslocações”, observa.
Diná Trindade é da mesma opinião e, sobre este aspeto, dá inclusive um exemplo: “na semana passada, estivemos a ativar o SPSS [software de análise estatística] aos alunos do primeiro ano e, através de uma sessão de Zoom, ativámos, numa meia manhã e numa meia tarde, 340 SPSS; ou seja, foi possível entrarmos remotamente em 340 computadores de alunos e ativar este software”.
A adaptação ao atual contexto pandémico
Se dúvidas houvesse, a atual pandemia veio esclarecê-las: vivemos num mundo cada vez mais tecnológico e digital, o que evidenciou ainda mais o importante papel do GAVI no funcionamento geral da FMUC e das suas atividades letivas. “A pandemia não afetou ou restringiu o nosso serviço: a pandemia veio exigir ainda mais do nosso serviço”, sintetiza Miguel Santos.
Ainda que, conforme referido anteriormente, numa fase inicial da pandemia a adaptação da comunidade FMUC a um modo de funcionamento essencialmente remoto tenha decorrido com alguns percalços, hoje isso já não se verifica. “Quando começou a pandemia, desenvolvemos um webinar direcionado a todos os docentes das áreas da Medicina e da Medicina Dentária, para explicarmos como podiam dar as aulas e fazer a avaliação de forma remota. No geral, temos tido bons feedbacks por parte de muitos professores, sendo que alguns ponderam até deixar de fazer a avaliação em papel, por considerarem o processo de avaliação remota mais prático e simples”, refere Diná Trindade.
As principais dificuldades e desafios
Embora reconhecendo as dificuldades que uma instituição de ensino superior pública como a FMUC enfrenta no que diz respeito à gestão dos seus recursos financeiros, Miguel Santos é categórico quanto à principal necessidade do GAVI: “precisamos de reorganizar o serviço, por forma a conseguirmos responder àquilo que nos é solicitado, e que é fruto não apenas da pandemia, mas também da crescente utilização das tecnologias da informação”, assegura.
Assim, no seu entender, seria desejável um maior investimento nesta área, incluindo a contratação de pelo menos mais um elemento para desempenhar funções neste gabinete. Algo que tanto Diná Trindade como Miguel Santos sabem ser impossível de momento.
“Num curto espaço de tempo, a parte da informática cresceu exponencialmente, e nós mantivemos os mesmos recursos. Como consequência, aumentámos o prazo de resposta a pedidos que, às vezes, até são simples, mas que requerem que lhes dediquemos algum tempo”, lamenta Miguel Santos.
“Configurar uma impressora, por exemplo, é algo simples, isto é, trata-se de um pedido que nos leva cerca de 15 minutos a solucionar, mas, se estivermos dedicados a alguma outra tarefa que nos exija mais concentração e, entretanto, formos atendendo chamadas telefónicas e fazendo assistências remotas, demoramos muito mais a chegar a esse pedido”, acrescenta.
Diná Trindade partilha da mesma visão. “Em termos de funcionamento do gabinete, precisávamos realmente de mais uma pessoa. Em termos de tecnologia – e ainda na semana passada o Miguel esteve a dizer isso – precisávamos de melhorar a infraestrutura informática respeitante às redes, porque temos parte da rede que é antiga e, por vezes, acontece as pessoas comprarem um determinado equipamento para terem mais velocidade de internet e, devido à antiguidade dessa parte da infraestrutura, isso não é possível”, constata.
A experiência de trabalho no gabinete
Miguel Santos entrou para o GAVI a 1 de fevereiro de 2003. Em setembro de 2006, foi a vez de Diná Trindade. Ambos garantem que a experiência tem sido, sobretudo, positiva, até porque assumem ter uma boa dinâmica de trabalho entre ambos.
No caso de Miguel Santos, e uma vez que tem também experiência de trabalho fora do setor público, a sua avaliação das funções desempenhadas na FMUC acaba por ser, de certa forma, feita em comparação às que desempenha no setor privado.
“O setor público está muito estagnado… quando há dinheiro, usa-se tecnologia de ponta e, quando não há, sobrevive-se com aquilo que se tem”, afirma, “por isso, acabo por trazer do setor privado conhecimento sobre soluções que conseguimos aplicar aqui, onde temos equipamentos de rede ainda a funcionar que são anteriores à minha vinda para a Faculdade, do mesmo modo que temos equipamentos com menos de um ano e que são dez vezes superiores aos mais antigos”.
Quanto a Diná Trindade, a entrada para a FMUC deu-se logo após o seu estágio profissional. “Quando cheguei, o Miguel já trabalhava cá, por isso ele acabou por orientar-me um pouco na faculdade, e esse foi um aspeto positivo”, afirma. “Claro, temos bons e maus momentos, mas acho que formamos uma boa equipa e isso é essencial”, conclui.