Percorrida a entrada do edifício do Instituto de Investigação Clínica e Biomédica de Coimbra (iCBR), antigo IBILI, no Polo III da Universidade de Coimbra (UC), encontra-se um pequeno gabinete que alberga uma das mais recentes estruturas da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), o Laboratório de Comunicação em Saúde (LCS).
Criado a partir de uma ideia que surgiu há cerca de dois anos, o laboratório nasceu com a “pretensão inicial de divulgar a atividade científica da faculdade”, como afirma o subdiretor da FMUC para a Investigação Científica e Desenvolvimento Tecnológico e também responsável pelo LCS, Henrique Girão. Tal objetivo pressupunha a formação dos cientistas para falar de forma clara e percetível para o público em geral. O assessor de comunicação da FMUC e membro do laboratório, Paulo Sérgio Santos, não deixa de realçar que, ao nível do cientista, falar para o público “é uma tarefa que é crucial nos dias de hoje, seja na forma escrita ou oral”. No entanto, com o avançar do tempo, a missão alargou-se para a comunicação com a sociedade, de forma a contribuir para que esta estivesse “mais esclarecida e informada no que a temas de saúde dissesse respeito”, reitera Henrique Girão.
De acordo com o subdiretor da faculdade, a criação do LCS, que contou com a colaboração de diversas pessoas da FMUC, entre as quais Armando Pereira, Carina Monteiro e Margarida Raposo, passou também pela inexistência prévia de uma estratégia de comunicação de ciência definida, “quer em termos de promoção, quer no que diz respeito ao contacto dos cientistas com a sociedade”. Apesar de algum trabalho promotor da atividade da instituição, por parte da Reitoria da UC, Henrique Girão considerava este “escasso em relação à produtividade e impacto do trabalho desenvolvido na FMUC”. No entanto, não deixa de realçar que o recente laboratório em nada substitui o Gabinete de Literacia em Saúde, estrutura já existente e na dependência do diretor da FMUC, e salienta que “simplesmente se complementam”.
Um dos trabalhos da estrutura que tem tido mais visibilidade é a ‘newsletter’ mensal, VoiceMED. Nas palavras de Paulo Sérgio Santos, esta novidade tornou-se “um elemento agregador tremendo da comunidade da FMUC, que se pretende extrapolar para a comunicação externa”, uma vez que que “qualquer pessoa a pode subscrever”. Henrique Girão sublinha ainda que a sua “aceitação está a superar largamente todas as expetativas”. O responsável pelo LCS acrescenta que a ‘newsletter’ constitui “uma forma de dar a conhecer todas as dimensões da faculdade”, uma vez que esta é feita não só por docentes e investigadores, como também por “pessoal não docente, que desempenha tarefas de gestão, administrativas ou secretariado, que são igualmente importantes para o funcionamento da Escola”.