Editorial

VOICEmed #5

A cidade de Coimbra teve o privilégio de acolher o sexto encontro regional da World Health Summit, que contou com a presença de diversas individualidades, entre especialistas e decisores políticos, que debateram temas de saúde global. Este encontro foi organizado pelo Coimbra Health - Centro Académico e Clínico de Coimbra, um consórcio entre a Universidade de Coimbra e o CHUC, que representa Portugal na World Health Summit – M8 Alliance, considerada o G8 da saúde.
A organização conjunta deste evento constitui mais uma demonstração clara da vitalidade, dinâmica e capacidade dos diversos atores empenhados no desenvolvimento e afirmação da área da saúde, em Coimbra. Este é mais um exemplo de que o caminho a seguir, rumo ao sucesso, passa necessariamente pelo diálogo, aberto e franco, e colaboração, próxima e estreita, entre esses vários interlocutores.
Só assim Coimbra poderá almejar ocupar o lugar que todos julgamos merecer.
A Voice*MED pretende ser mais uma pequena contribuição para promover um ambiente de partilha e união, com vista à construção de uma instituição e cidade mais fortes e coesas, mesmo que algumas vezes isso passe por expor algumas das nossas fragilidades. Ainda que correndo o risco das nossas palavras poderem ser mal interpretadas, não nos devemos submeter ao silêncio, continuando a fazer chegar a voz da FMUC a quem a anseia ouvir.


O sucesso desta missão está garantido, através das várias mensagens que temos recebido, por parte daqueles que, estando longe da ‘sua’ FMUC, em termos de tempo e espaço, encontraram na Voice*MED uma forma de reencontro com uma realidade que ainda deixa saudades.

Nesta edição da ‘newsletter’ temos oportunidade de ouvir Fernando Regateiro, que nos fala do seu mandato à frente do Conselho de Administração do CHUC, do relacionamento com a FMUC e da reforma do Serviço Nacional de Saúde, na área dos cuidados de saúde hospitalar, da qual é coordenador nacional.

Em “Do curso de...” vamos poder conhecer, num registo um pouco mais intimista, José Guilherme Cunha-Vaz, um dos mais brilhantes cientistas portugueses de todos os tempos, que, através da descoberta da barreira hemato-retiniana, contribuiu para uma visão mais clara e definida do modelo científico, não apenas em Coimbra, mas também em Portugal. De facto, José Guilherme Cunha-Vaz foi um dos mentores da “revolução” científica operada em Coimbra há uns anos, e que foi essencial para devolver à região o protagonismo e influência que esta ia perdendo. É nossa obrigação não deixar que o tempo volte atrás.

Em “Fora da Medicina” podemos conhecer a nova provedora do estudante da UC, que nos fala da importância deste cargo para “uma universidade cada vez mais justa, humanista e inclusiva”, e dos planos que tem para o seu mandato, onde pretende “assegurar que os direitos e interesses legítimos dos estudantes sejam concretizados de forma adequada e justa”.

Através de “Isto é FMUC”, vamos conhecer o Gabinete de Relações Internacionais e Institucionais (GRII), e perceber a sua importância para a estratégia de internacionalização da FMUC, ao proporcionar aos alunos uma formação, científica e pessoal, mais sólida e diversificada. Marília Dourado, diretora deste gabinete, partilha, de forma comovida, algumas histórias vividas por alunos em mobilidade e alerta para a necessidade imperiosa de envolver o GRII nas diversas iniciativas levadas a cabo por elementos da Escola.

Em “Lucerna” vamos saber como o mosqueteiro Gustavo Januário descobriu a importância da investigação na sua vida, e que “que não há medicina sem investigação”.

E no final, deixemo-nos surpreender pela (happy)genética musical de Isabel Carreira... 


Henrique Girão



Voltar à newsletter #5