Lino Gonçalves assente, sublinhando que a existência de recursos humanos é essencial. “Se tivermos mais recursos humanos, isso vai permitir-nos chegar mais longe nalgumas áreas onde gostaríamos de ter um papel mais determinante”, ilustra o diretor do GEM. Entre essas áreas encontra-se a execução de um ‘log book’ de competências, uma espécie de caderneta onde estejam descritas competências práticas essenciais à prática futura do estudante enquanto médico, e que devem ser atingidas durante a formação.
Entre os outros setores de atuação do GEM está o apoio à avaliação dos alunos. “Uma grande parte das unidades curriculares recorre ao que designamos de serviço de leitura ótica e análise decimológica, para fazer a leitura dos resultados de testes de escolha múltipla e a interpretação da informação estatística que é produzida através das respostas às perguntas”, salienta Hugo Camilo.
A investigação no campo da educação médica também faz parte da produção do GEM. “Temos agora um processo de investigação a decorrer, através de um programa de aprendizagem assistida por pares, que envolve os alunos do sexto ano no ensino de colegas mais novos”, descreve o diretor do GEM, classificando-o como “pioneiro”. Tal como o diretor, Hugo Camilo reitera “a cooperação com outras escolas médicas e unidades congéneres”, tanto no plano nacional como internacional.
Instado a pronunciar-se sobre o maior desafio no GEM, Hugo Camilo frisa que há diferenças consoante as épocas. “Mas a questão que me preocupa mais é saber se a nossa atuação tem, depois, uma tradução real, concreta, em alterações práticas. O domínio da formação é aquele em que temos mais dificuldade em apreciar os resultados concretos”, conclui.
Com um mandato acoplado ao da direção da FMUC, Lino Gonçalves é claro. “Se conseguíssemos completar os projetos que temos em mãos, penso que teríamos os nossos objetivos atingidos”. Salienta o exemplo dos cursos L2B, dirigidos a quem quer ser um melhor professor, investigador ou mentor. “A importância destes cursos é muito grande, são cursos estruturantes para o desenvolvimento da nossa faculdade, focados nos seus pilares fundamentais – o ensino e a investigação”.