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Carlos Robalo
Cordeiro

Carlos Robalo Cordeiro é diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra desde o dia 11 de setembro de 2019. Prestes a completar dois anos no cargo, fala da experiência na direção em tempos desafiantes, que, assegura, trazem também oportunidades que esta Escola Médica deve aproveitar.  


Assumiu a direção da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) apenas seis meses antes da declaração da pandemia de COVID-19. Essa conjuntura, que ainda hoje vivemos, condicionou de que forma o seu mandato?
Foram apenas cinco os meses de exercício que podemos dizer que foram “normais”. Temos de nos recordar que a FMUC foi a primeira faculdade de Medicina do País a suspender as aulas em ambiente clínico, a 25 de fevereiro de 2020, quando foi detetada a circulação de alunos com origem no norte de Itália, onde já existiam zonas com cerca sanitária e com confinamento obrigatório.

Foi um período extremamente disruptivo, porque condicionou de forma significativa a execução de todas as iniciativas e metas elencadas no nosso Programa de Ação, que, assim, ficaram maioritariamente comprometidas. Para além de não terem sido executadas muitas das estratégias desse Programa para as diversas áreas de funcionamento da Escola, foi também necessário fazer convergir os esforços para que houvesse uma adaptação a novos modelos de ensino e de avaliação, completamente estranhos até àquele momento.

Mas, embora tenha sido disruptivo, não tenho dúvidas de que foi também um período que afetou positivamente a Escola, que demonstrou, nos mais variados domínios, a sua capacidade de adaptação. A pandemia, que nos afetou a todos e, obviamente, também a FMUC, criou, de certa forma, uma coesão interna na Escola, entre docentes, discentes e corpo técnico, que me apraz registar como um resultado positivo, apesar de todas as circunstâncias. Claro que os resultados de uma situação como esta são maioritariamente negativos por todas as razões, como está bom de ver. Mas há sempre oportunidades que resultam destes problemas e ameaças.










E que balanço faz destes dois anos enquanto diretor da FMUC? Tendo em conta todas as circunstâncias, como referia, ainda assim a execução deste mandato correspondeu às suas expectativas?
Correspondeu, não às minhas expetativas iniciais, mas na perspetiva de que, apesar de tudo, foi possível exercer alguma da atividade prevista para estes dois anos, a par de outras atividades inicialmente não planeadas que, com algum sucesso, foram acionadas.

A FMUC, a pedido da Universidade de Coimbra [UC], teve de fazer, pela primeira vez, um Relatório e Contas. Observando esse relatório, relativo ao ano de 2020, é curioso verificar que, apesar de completamente atípico, foi um ano em que acabou por ser possível a realização de imensas atividades a diversos níveis.

Destacaria, entre outras atividades que estão relacionadas com a visibilidade da FMUC, esta newsletter, a VoiceMED, que, desde que o mandato começou, conta já com 20 edições, assumindo uma regularidade que ainda não se tinha estabilizado anteriormente. Esta é uma forma de divulgação da FMUC importante e com impacto, como é sabido. E falo também de atividades especificamente organizadas devido à pandemia e para públicos diversos, como é o caso do webinar que a FMUC organizou com a Câmara Municipal de Coimbra e as diversas Juntas de Freguesia, nas vésperas do início do processo de vacinação contra a COVID-19, para aumentar o conhecimento da população, ou do webinar organizado para a comunidade UC com o mesmo propósito, o de aumentar o conhecimento relativo à doença e à vacinação.

Neste Relatório e Contas, assinalámos ainda, através da Cision [empresa de monitorização de media], que a FMUC registou cerca de 30 ocorrências nos meios de comunicação social por semana, que é um número considerável e revelador da sua visibilidade: falamos de um total de cerca de 1600 ocorrências ao longo de todo o ano de 2020.


No final de 2019, na entrevista que deu à VoiceMED, referiu que gostaria de promover um maior envolvimento e inclusão, nomeadamente através de um melhoramento das condições laborais do corpo técnico da FMUC. Nestes dois anos, o que foi feito pela direção da Escola nesse sentido?
Foi possível ativar a mobilidade intercarreiras de três pessoas e também criar condições para que o regime precário em que algumas das pessoas não docentes e não discentes da FMUC se encontravam fosse ultrapassado. Até ao momento, contratámos já quatro elementos. É muito importante esta tentativa de reverter a precariedade do corpo técnico, criando condições para a sua estabilidade profissional. O cumprimento deste objetivo da direção permitiu também uma maior coesão entre as pessoas, que é sempre algo que se deseja.

Este é, aliás, um dos objetivos que se relaciona com a reestruturação, em todos os gabinetes e respetivas coordenações, que tem vindo a ser feita na FMUC, e que permitiu, por exemplo, a nomeação de subdiretores e a possibilidade de estes terem também assessores, tal como referi na entrevista que dei em 2019.

A contratação de uma nova coordenadora executiva foi muito importante para este processo de coesão entre o corpo técnico da Escola. Trata-se de uma pessoa com uma enorme visão integradora, com uma larga experiência obtida nos vários cargos que já exerceu na UC, e com um espírito muito agregador e gerador, não apenas de confiança, mas até de estímulo à promoção do trabalho e de articulação entre as pessoas. Não tenho a mínima dúvida de que esta contratação fez a diferença, e devo dizer que foi uma das ações promovidas, logo desde o início do mandato, que considero mais gratificante.


















Nessa mesma entrevista, referiu também que se deveriam reforçar as áreas do ensino através de casos clínicos virtuais e da simulação. Considera que esse foi também um objetivo cumprido deste seu mandato?
Foi parcialmente cumprido, em parte por necessidade, dada a situação pandémica, mas também por iniciativa e proatividade. No que diz respeito aos casos clínicos virtuais, foi criada uma série de novos casos, até por força da necessidade da sua integração no processo de ensino e aprendizagem.

Concretamente, foram desenvolvidos casos clínicos virtuais de infeção por SARS-CoV-2, em colaboração com o Serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra [CHUC], com um médico pneumologista de Lisboa e inclusive, porque estes casos foram desenvolvidos no início da pandemia e durante a primeira vaga, com colegas da China, que tinham, obviamente, uma grande experiência a este nível. O desenvolvimento destes casos clínicos foi um sucesso, até porque foram disponibilizados e utilizados, não apenas na FMUC, mas no âmbito das Escolas Médicas nacionais.

Quanto à simulação, como se pode calcular foi muito difícil, num primeiro momento, promover qualquer tipo de presencialidade para que a simulação pudesse ser ativada. Gostaria que o nosso Centro de Simulação Biomédica a implementasse, ainda com mais dinâmica e já no próximo ano letivo, sobretudo em áreas nas quais a simulação não está tão forte e não é tão utilizada. Para isso, temos feito esforços no sentido de dotar este centro de equipamento diversificado e de fazer a sua articulação com o CHUC, para que possamos utilizar também os espaços que fazem parte da estrutura hospitalar nesta atividade de simulação.

Temos realizado múltiplas reuniões e formações específicas, dirigidas não apenas aos regentes e docentes de áreas clínicas e nas quais o processo de simulação pode fazer mais sentido, mas alargadas a todos os regentes da FMUC, na perspetiva de que também as áreas da ciência básica têm benefício em poder utilizar modelos de simulação, criando, desde logo, aquilo que é um exercício e um treino de conceitos e raciocínios de integração clínica, mesmo que sustentado em conceitos de natureza básica.

Isso é, aliás, algo muito importante. Temos, atualmente, uma Prova Nacional de Acesso [PNA], que os alunos realizam no final do 6º ano e início do Ano Comum, que privilegia muito mais o raciocínio clínico e a integração de conhecimentos do que propriamente a memorização, como acontecia anteriormente.

A integração de conhecimentos e a promoção do raciocínio clínico deve ser feita, a meu ver, logo nos primeiros anos do curso, e não apenas nos anos clínicos, porque existe a necessidade de que os conceitos básicos sejam integrados com a clínica. Falamos de algo que faz todo o sentido acionar com carácter de urgência a partir do próximo ano letivo, e temos tudo preparado nesse sentido, inclusive com a concretização de um logbook, relativo às competências que os alunos devem adquirir com a frequência de uma unidade curricular. Este é um trabalho que está já concluído com o contributo do nosso Gabinete de Educação Médica.

Mais importante do que os alunos e futuros médicos saberem a percentagem de doentes com determinado cancro do pulmão, ou a percentagem de doentes com cancro do pulmão que beneficiam de determinadas terapêuticas, é fundamental que adquiram competências que lhes permitam a interpretação de uma radiografia do tórax, de um estudo funcional respiratório, bem como o entendimento integrativo de um doente com hemoptises, apenas para apresentar exemplos na minha área de ensino/aprendizagem.

Não tenho a mínima dúvida de que os processos de ensino e de aprendizagem têm de se reorganizar em torno desta dinâmica, assente muito mais numa aquisição de competências do que numa transmissão de conhecimentos. Os conceitos adquirem-se ao longo da vida. Naturalmente, adquirem-se no momento em que se estuda, mas é um processo contínuo. Para que haja sucesso na PNA, é necessário este estímulo acrescido ao raciocínio clínico.








Falou da promoção da visibilidade da FMUC, dando inclusive alguns exemplos de iniciativas da Escola nesse âmbito. Frequentemente, vemo-lo também nos meios de comunicação social, para dar a sua opinião e transmitir informações importantes acerca de aspetos relacionados com a saúde. A par do ensino e da investigação, um maior envolvimento com a sociedade, diretamente ou através dos media, deve também ser considerado um dos principais pilares de uma Escola Médica, ou encara esse envolvimento como algo secundário ou opcional?
Não tenho qualquer dúvida de que esse envolvimento deve ser considerado, e que, aliás, deve contemplar diversos públicos, desde logo aqueles que estão numa fase de decisão do seu futuro pré-profissional, digamos assim, como é o caso concreto dos alunos do ensino secundário.

A promoção de conhecimento na área da Saúde para estes públicos é fundamental, até para que possam perceber o que é a atividade médica, o que é ser médico e o que é fazer investigação em Medicina. Porque, claro, o principal objetivo de uma faculdade de Medicina é formar médicos. A FMUC existe porque existem estudantes. Se assim não fosse, por melhor formação que promovêssemos e melhor investigação que fizéssemos, não teríamos objetivos para cumprir.

Mas é também importante um envolvimento, quer com os estudantes, quer com a sociedade em geral, nomeadamente no que diz respeito à prevenção. Devemos também formar os nossos alunos nessa perspetiva, de saberem passar informação em Saúde para os diferentes tipos de público, promovendo a sua literacia nesta área.

Essa abertura da faculdade à sociedade civil é muito importante. Uma faculdade de Medicina deverá sair das suas paredes, entrando também naquilo que é a formação geral da população. Esse esforço pode ser feito em parceria com as autarquias, por exemplo. As cidades devem primar pela promoção da qualidade de vida, e a nossa qualidade de vida está muito ligada à saúde e à nossa capacidade de prevenirmos doenças. Nesse sentido, as faculdades de Medicina podem desempenhar um papel importante.


Feito o balanço destes últimos dois anos, pergunto-lhe agora pelos próximos dois. Em linhas gerais, quais são os principais planos da direção da FMUC? Será, essencialmente, um mandato de continuidade, ou teremos novidades?
Para já, será um mandato de continuidade, até porque há muitos aspetos que ficaram comprometidos com a pandemia. Depois, há áreas que têm de continuar a ser privilegiadas. Desde logo, a área do envelhecimento. Algo que foi impulsionado recentemente neste sentido foi a criação de um laboratório colaborativo. Esta é uma aposta importante da FMUC, da UC, de Coimbra, da Região Centro e até do País, até porque o Instituto Multidisciplinar do Envelhecimento se chama MIA-Portugal. O MIA-Portugal vai permitir a criação de uma nova estrutura, o Biomed, dentro do perímetro do Polo III. Essa decisão foi já aprovada em Conselho de Ministros no início deste ano, e a sua execução começará em breve.

Falando ainda de estruturas, outro aspeto importante é a construção da futura Subunidade 2 e 4, que trará para o Polo III todos os institutos da FMUC que estão ainda no Polo I. O projeto, já estabilizado com novos conceitos, será viabilizado e aprovado em breve, e a obra deverá ter início já neste segundo mandato da direção.

Outro aspeto que julgo decisivo relaciona-se com o Centro Académico Clínico [CAC] de Coimbra. Não referi anteriormente, mas houve, de facto, alguns avanços recentes naquilo que tem sido a operacionalização e condução do CAC de Coimbra, na perspetiva de uma boa articulação e de um bom entendimento com a UC e com o CHUC.

Esta parceria tem sido muito importante. O CHUC é uma peça fundamental deste CAC na interface com a FMUC, no que diz respeito à criação de condições para que o CAC de Coimbra se possa afirmar e ter um potencial de desenvolvimento. Algo que se assume como obrigatório, até porque estamos a chegar ao momento da primeira avaliação dos CAC. Estes centros serão avaliados a muito breve prazo e dessa avaliação estará dependente o seu financiamento.

Na preparação deste momento de avaliação do CAC de Coimbra, foi desenvolvido um plano estratégico que envolveu representantes da FMUC, do CHUC e da UC, e foi também elaborado um relatório da atividade de 2018-2020, que servirá, precisamente, como objeto de avaliação do CAC de Coimbra.

Temos tido também alguns avanços interessantes no que diz respeito à Área de Medicina Dentária [AMD] da FMUC. O espaço onde a atividade da AMD se desenvolve ficará na posse da UC por um determinado período; é uma decisão que já está consolidada. Mas, para além do espaço físico, também a forma como a AMD desenvolve a sua atividade está a ser alvo de um protocolo que há muito tempo vinha sendo discutido. Existem condições para que esta atividade se desenvolva no CHUC, com o mesmo perfil com que toda a restante atividade se desenvolve dentro daquela estrutura hospitalar. No próximo mandato, haverá a assinatura de um protocolo de entendimento entre a UC, via FMUC, e o CHUC, para o estabelecimento das condições, das obrigações e dos deveres de cada uma das partes para o funcionamento regular dessa atividade.

Estes são apenas alguns exemplos de iniciativas em desenvolvimento para o próximo mandato da direção. Existem muitos outros, como a consolidação do Biobanco no CHUC, algo que já está estatutariamente consignado e que agora, sob a égide do CAC de Coimbra, tem todas as condições para ter o impulso que lhe pudesse faltar.








Mas perguntou-me por novidades. Algo que está programado e que julgo que será muito interessante, considerando até esta fase que vivemos e que, de alguma forma, continuaremos a viver, é a criação de uma cátedra em Saúde Global. Não tenho qualquer dúvida de que a criação desta cátedra será um bom indicador da liderança da FMUC neste âmbito.

Há também outro aspeto importante, relacionado com a reforma curricular de 2015-2020. Se não fosse a pandemia, esta reforma já teria sido atempadamente avaliada e a sua melhoria perspetivada. Houve uma reunião do Conselho Científico mais alargada, com vários convidados, no final de abril deste ano, para que fossem discutidas e encontradas formas de operacionalizar alterações, melhorias e processos de documentação de ações que possam ter ficado por fazer ou desenvolver em plenitude na anterior reforma. Por isso, neste momento a operacionalização de alterações encontra-se a ser analisada, nomeadamente com a organização de uma comissão de acompanhamento permanente com carácter executivo. Evidentemente que sempre houve uma comissão de acompanhamento da reforma curricular, mas de carácter operacional. Uma comissão com carácter executivo é fundamental para se fazer uma gestão de maior proximidade e para se ir monitorizando aquilo que pode vir a necessitar de pequenos ajustes, sem que exista a necessidade de se passar por decisões mais estruturadas.

No âmbito da reforma curricular, e nomeadamente neste mandato, foram feitos já alguns avanços de carácter pedagógico, como um alargamento, muito significativo, da componente opcional, sobretudo com a entrada de novas unidades curriculares opcionais. Creio que o ensino de hoje deve ser assim. De certa forma, o aluno deve poder ser responsabilizado pela construção do seu currículo e, quanto maior o leque de ofertas educacionais que tiver, mais facilmente pode desenhar o seu percurso de acordo com as suas vontades e necessidades.

A oferta que se fez durante este último ano letivo foi significativa, inclusive com a criação de unidades curriculares opcionais nas chamadas soft skills, ou outras até muito adaptadas às realidades atuais da Medicina em condições extremas e até à Medicina de carácter humanitário. Este alargamento de oferta na área opcional foi e continuará a ser muito relevante na perspetiva de uma realização mais alargada que se pretende do ensino médico.

Devo dizer que a avaliação do relatório desta reforma é muito positiva, quer por parte dos discentes, quer dos docentes. O relatório está ainda a ser discutido, mas será em breve apresentado a toda a comunidade, para que se possam receber inputs no sentido de melhorá-lo.

Claro que existem ainda outros planos e possibilidades. Julgo que, de alguma forma, temos de otimizar o nosso relacionamento com outros Mestrados Integrados em Medicina, nomeadamente com o da Universidade de Cabo Verde. Uma parceria e bom relacionamento com os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa [PALOP] é um aspeto importante do ponto de vista estratégico da UC e, obviamente, também da FMUC. Há que otimizar estas relações que, sobretudo desde o início da pandemia, encontraram algumas dificuldades, porque não houve possibilidade de se fazerem parcerias de maior proximidade, e até expandir estas relações a outras realidades geográficas, na perspetiva da criação de uma rede cada vez maior da UC, através da FMUC, com estruturas universitárias de PALOP.

Neste mandato que está prestes a terminar, desenvolveram-se algumas ações interessantes, como a inauguração do painel “Dar Cor ao Pediátrico”, que ficará registado como uma memória de solidariedade deste período pandémico que, não tendo sido o melhor, permitiu, de certa forma, exteriorizar o que há de melhor nas pessoas, que, neste caso em concreto, foram as instituições e os artistas que fizeram com que este painel do Hospital Pediátrico de Coimbra fosse uma realidade.

Houve uma iniciativa que, devido à pandemia, ainda não pudemos concretizar, que é a operacionalização do desenvolvimento da Associação de Antigos Estudantes da FMUC. Tínhamos programada uma ação inicial de lançamento desta estrutura, que pudesse criar uma rede alargada, com um potencial enorme para a criação e promoção de diversas atividades. É algo que, no próximo mandato, tentaremos operacionalizar.

No próximo mandato, teremos também algumas novidades a respeito do Polo I, com a saída dos institutos que serão instalados na Subunidade 2 e 4, conforme referi. Nesse espaço do Polo I, que, durante muitos anos, foi “a casa” da FMUC e que é, obviamente, parte integrante da UC, pretendemos preservar a memória da nossa faculdade, nomeadamente através de um museu que registe a passagem da FMUC por aquele espaço, e que poderá, inclusive, assentar na temática do relacionamento da vida com a morte. Portanto, um museu da vida e da morte pode ser o mote de um futuro museu de Medicina no Polo I, nas instalações que ainda têm, parcialmente, a ocupação da FMUC neste momento.


por Luísa Carvalho Carreira
fotografias gentilmente cedidas por Carlos Robalo Cordeiro


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