Caros colegas,

Nesta edição damos particular destaque a iniciativas de inovação e desenvolvimento tecnológico em que o GGI esteve recentemente envolvido. Como é reconhecido por todos, os concursos para financiamento de investigação científica promovidos por agências e outras instituições, públicas ou privadas, estão cada vez mais competitivos. Para conseguirmos ser bem-sucedidos precisamos atualmente de ir muito mais além nas nossas propostas do que fomos num passado não muito distante: i) precisamos de ter ideias disruptivas e sugerir estudos na fronteira do conhecimento atual; ii) precisamos de conhecer bem os objetivos dos financiadores e ir ao encontro das suas melhores expectativas; iii) precisamos de juntar equipas multidisciplinares com experiência em valências complementares para responder de forma mais abrangente aos problemas; e iv) precisamos ainda de estar bem alinhados com as prioridades e desafios da sociedade e com os interesses das empresas e do mercado em cada momento. 

A investigação que fazemos na FMUC, seja ela fundamental, translacional ou clínica, tem um valor intrínseco imaterial enquanto geradora de novo conhecimento que poderá vir a ser importante para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos em geral e a saúde dos doentes em particular. Sendo inquestionável que este é o principal objetivo da investigação desenvolvida numa faculdade de medicina, não deixa de ser verdade que aquilo que fazemos tem também um valor material, esteja ele já perfeitamente consolidado ou em estado ainda embrionário. É importante estimar esse valor e potenciá-lo, conhecendo as etapas a percorrer até conseguir levar aquilo que estamos a desenvolver até aos cidadãos – o objetivo primordial – mas também até aos potenciais interessados em termos comerciais ou empresariais. 

A investigação científica, a inovação e o desenvolvimento tecnológico têm de caminhar de braço dado para responder de forma mais eficiente aos desafios e às necessidades. Para que consigamos verter nas nossas propostas estas três perspetivas diferentes, ainda que complementares, temos de estar familiarizados com as linguagens próprias de cada setor e preparados para entrar em terrenos que não estamos habituados a pisar. Por todas estas razões, o GGI tem estado empenhado na aproximação dos colaboradores da FMUC a estas vertentes de inovação e desenvolvimento tecnológico, promovendo e participando em diversas iniciativas, como as que destacamos nas notícias Breves deste número.

Votos de um mês com ideias inovadoras capazes de gerar valor!

Be FMUC!

Flávio Reis 

Coordenador do GGI