Sobre o estudo
Em jovens adultos, uma das queixas de saúde mais frequentes é relativa ao sono. Múltiplos estudos têm mostrado que os problemas de sono têm uma elevada prevalência nesta população, em especial nos estudantes. O impacto dessas dificuldades vai desde uma perturbação no bem-estar até consequências mais graves na saúde física e mental do indivíduo, bem como no próprio desempenho académico. Importa, por isso, conhecer as razões que influenciam de forma negativa a quantidade e qualidade do sono dos nossos estudantes de modo a poder intervir sobre elas. Existem múltiplos fatores externos que podem perturbar o sono, tais como uma má higiene do mesmo, o consumo de um vasto conjunto de substâncias psicoativas (álcool, drogas de abuso) e os acontecimentos stressantes (incluindo o próprio stresse académico) que determinam no organismo um conjunto de alterações fisiológicas/psicológicas que causam uma disrupção do sono. É importante perceber que o impacto de um evento stressante não tem um valor absoluto, sendo maior ou menor em função do modo como o indivíduo o avalia e das emoções que evoca. Assim, neste estudo efetuado em mais de 500 estudantes, o objetivo principal foi compreender alguns dos principais processos e mecanismos psicológicos (cognitivos e emocionais) que explicam e medeiam a relação entre o stresse e perturbação do sono.