Editorial

VOICEmed

Depois de um período de repouso, a Voice*MED volta a ouvir-se. Ainda que em condições muito atípicas, que nos obrigaram a (re)viver outras experiências e formas de gozar as férias, espero que estas tenham permitido descansar e recuperar as forças e ânimo para o novo ano, que agora começa.

Como disse o Magnífico Reitor da nossa Universidade, este será, porventura, um dos anos mais difíceis que a Universidade de Coimbra já enfrentou. Perante os enormes obstáculos e desafios com que temos que nos deparar nesta altura, deixo uma palavra de reconhecimento pelo empenho e esforço que a Equipa Reitoral tem feito para providenciar as melhores condições, nas mais variadas dimensões, a alunos, professores, investigadores e funcionários, para poderem desenvolver, dignamente o seu trabalho. Todos percebemos que não são as condições perfeitas, mas são aquelas que são possíveis oferecer, numa época tão difícil e complexa.

Não é, seguramente, com críticas destrutivas, proferidas de forma fácil, irresponsável, displicente e infundada, por gente ilustre da nossa comunidade académica, que estaremos mais perto de atingir essa perfeição. É numa altura complicada, como aquela que vivemos, que nos devemos unir, mais do que nunca, para conseguir vencer, com sucesso, de batalha em batalha, esta guerra. Todo o ensino é nesta altura um desafio, que exige a professores, alunos e funcionários um esforço e resiliência para ultrapassar dificuldades e constrangimentos. Compete nesta altura, aos professores que são verdadeiros pedagogos, que se disponibilizem para ensinar novas formas de aprender.

No caso da FMUC, a garantia de um ensino de qualidade é de particular importância, pois estamos a formar os médicos que terão amanhã de lidar com novas pandemias, com o mesmo sucesso e brilhantismo que os médicos de hoje o fazem. Não queria deixar passar sem deixar uma mensagem de agradecimento a todo o pessoal técnico da FMUC, pela forma incansável como se tem dedicado e aplicado para que alunos e professores da nossa Faculdade possam ter as melhores condições de ensino e aprendizagem.

O início deste novo ano letivo tem sido acompanhado por excelentes, animadoras e inspiradoras notícias que não só devem deixar orgulhosa toda a comunidade FMUC, como mostram, também, que a nossa Escola está em boa forma. O nosso Diretor foi eleito para o prestigiante cargo de presidente da ‘European Respiratory Society’, enquanto Bárbara Gomes, docente da FMUC, obteve uma bolsa do ‘European Research Council’, no valor de 1,8 milhões de Euros.

Em 4´33’’, ouvimos Lino Ferreira, Investigador da FMUC e detentor da honrosa posição ‘ERA-CHAIR’, atribuída pela União Europeia, para o estudo dos processos biológicos de envelhecimento. O ‘ERA-CHAIR’ integra-se numa estratégia mais alargada de investimento na investigação em envelhecimento, que inclui, entre outras iniciativas, a construção de um instituto de excelência – Instituto Multidisciplinar do Envelhecimento (MIA) –, albergando cientistas de topo, dedicados a este tópico.

Na rubrica “Do curso de Medicina”, escutamos Frederico Teixeira, um Professor, que antes de ser já o era, que mais do que ensinar gosta de fomentar o desejo de aprender.

Para quem se queixa de que “em Coimbra não se passa nada...”, em “Fora da Medicina” podemos conhecer a atividade do Centro de Arte Contemporânea de Coimbra, que nos apresenta a Coleção de Arte Contemporânea do Estado, na qual se dá a conhecer ao público o valor de um conjunto de obras de arte contemporânea que irão enriquecer o património artístico e a oferta cultural da cidade de Coimbra.

Em Lucerna, Raquel Boia, aluna do Programa de Doutoramento em Envelhecimento e Doenças Crónicas, conta-nos a visão do seu percurso científico e académico.

No final, Nuno Garcia prescreve uma boa dose de Rock e uma terapêutica de choque para nos fazer refletir sobre o Holocausto.

Não queria terminar sem desejar a todos um excelente ano letivo, recheado de sucessos académicos, científicos e profissionais.


Henrique Girão



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