Associação Académica de Coimbra
O.A.F.

Fora da Medicina

Herdeiro da antiga Secção de Futebol da Associação Académica de Coimbra, cuja actividade se interrompera em 1974 e do Clube Académico de Coimbra, que, transitoriamente, representou durante uma década (entre 1974 e 1984) o futebol profissional de Coimbra, ao mais alto nível, a criação do Organismo Autónomo de Futebol, com a configuração que ainda hoje se mantém, significou o regresso do futebol da Académica à Casa-mãe, cumprindo assim o desígnio histórico de reeditar as míticas equipas da Briosa, que tanto prestígio tinham granjeado em Portugal e além fronteiras.

As vitórias históricas na Taça de Portugal de 1939 e o vice-campeonato nacional de 1967 tinham, até 1984, significado as maiores conquistas, cimentadas por presenças noutras finais da taça de Portugal, das quais merece destaque a célebre final do Jamor de 1969 e ainda por várias presenças em competições europeias durante a década de 60, com resultados brilhantes. 

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De então para cá, o futebol da Académica teve necessidade de se reorganizar, acompanhando os “ventos de mudança” da modalidade rumo ao profissionalismo e à empresarialização das estruturas, mas procurou sempre ser fiel à sua matriz identitária, intimamente ligada à Academia de Coimbra e a um ideário marcado pela ideia da formação global e integrada dos seus futebolistas, como atletas, mas também como estudantes e como cidadãos.

Actualmente e depois de nova brilhante conquista da Taça de Portugal em 2012 e do regresso às competições da UEFA, no ano subsequente, a Académica atravessa uma fase particularmente difícil da sua história desportiva, militando na II Liga e lutando, todos os dias, para regressar ao lugar que é seu por direito histórico.

A aposta na formação continua a ser forte, movimentando a Briosa diariamente mais de três centenas e meia de atletas, que fazem da “Academia Briosa XXI” o seu lar e que aí evoluem como futebolistas, sem nunca descurar as obrigações escolares, porque atleta da Briosa que se preze, deve sempre ter como objectivo evoluir académica, social e pessoalmente. 
É pois com orgulho que prosseguimos a obra social da “velha” Académica, muitas vezes e leia-se a presente frase de forma literal, “contra ventos e marés”.

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De facto tem sido grande o infortúnio que se tem abatido sobre a Académica, afectadas que foram as suas instalações por duas catástrofes naturais, a primeira o furacão “Leslie” que praticamente arrasou o Pavilhão Jorge Anjinho em 2018 e a segunda, recentemente, quando a tempestade “Elsa” afectou gravemente as instalações da Academia Briosa XXI, somando ambos os eventos prejuízos superiores a dois milhões de euros.

Adicionadas à crise financeira estrutural que sobre a Académica se abate, esta realidade tem tornado difícil o prosseguimento das nossas actividades, onde cada treino e cada jogo tem de ser fruto de máxima criatividade e empenhamento e dedicação totais de dirigentes,
funcionários, atletas e pais, porque as dificuldades são muitas e muitas vezes incontornáveis.

Mas a Académica está habituada, qual “Fénix” a ressurgir das cinzas, beneficiando da vontade indómita da sua impressionante mole de adeptos e da simpatia nacional que sempre granjeou e que se tem manifestado em solidariedade, através de financiamentos em forma de donativos e de ajudas várias que nos têm ajudado a superar o infortúnio.

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Para o efeito temos mantido activa uma conta solidária, para a qual todos quantos se revêm no nosso emblema centenário e no nosso projecto desportivo e social intemporal, podem e devem contribuir, na medida das suas possibilidades.

Porque a Académica tem de sobreviver e porque a sua história e a sua relevância social nos exigem que a recoloquemos no seu lugar!

ACADÉMICA SEMPRE!


Pedro Roxo
Presidente da Direção 
Associação Académica de Coimbra – O.A.F. 

 

Fotografias gentilmente cedidas por Pedro Roxo